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UMA ORELHA QUE FALA FERNANDO RIOS...

Enviado por fernandorios  Seguir

UMA ORELHA QUE FALA

fernando rios

PARA PEDRO MAIA SOARES, ORELHEIRO

I

dos cinco sentidos
o livro escolheu a orelha

não porque ela ouve
o livro falante
porque ela é fala

nem alta
nem baixa
algo
ao pé do ouvido

e sendo paradoxo
em si mesma
silenciosamente
trabalha


II

uma boa orelha
mesmo antes do parto
abre-se de vida
jamais mortalha

orelha é metalinguagem
e quando de boa linhagem
mais meta
que linguagem

III

e mesmo quando se diz de alguém
grotescamente
que freqüenta
à sorrelfa
de soslaio
orelhas de livro
sente-se ela
a orelha
elogiada

foi tocada por mãos
olhos e
dedos
na sua fala amaciada
sempre um convite
gentil
a um debruçar-se
a uma leitura
que mesmo adiada
ficará
no tato
olhos
nariz e
garganta
do leitor

IV

uma boa orelha
que se degusta com os olhos
no meio da turba
nos lençóis da cama
no seio da calma
apimenta o saber
estende o orgasmo
antecipa o sabor

e umidamente
faz salivar a alma


SÃO PAULO AGOSTO 2007

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(HÁ) VER NAVIOS FERNANDO RIOS HÁ...

Enviado por fernandorios  Seguir

(HÁ) VER NAVIOS
fernando rios

há que se estar
a ver navios
(haver navios?)
na avenida
(ave paulista?)
para ouvir
o mar salgado
(de pessoa?)

e descobrir
que o futuro
não é começo nem fim
nem antes nem depois
senão
uma entranha de mim

SP 11.OUT.2014

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INFINITO FERNANDO RIOS MEU TEMPO É...

Enviado por fernandorios  Seguir

INFINITO

fernando rios


meu tempo é ontem
meu tempo é hoje
meu tempo é amanhã

meu tempo é a vontade
meu tempo é à vontade
meu tempo é vôo vontade

meu tempo é sal idade
herança do futuro
meu tempo é doce idade
chegança do passado
meu tempo é mansa idade
pajelança destemperada

meu tempo é um gesto
embrulhado pra presente
meu tempo é palavra
que eterna pressente

meu tempo é agora
imediato da mente
meu tempo é já e mais
ontem hoje amanhã
para sempre

SÃO PAULO, JANEIRO, 2004 / JUNHO 2007

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VULTO DE CORUJA VOANDO NA FLORESTA...

Enviado por fernandorios  Seguir

vulto de coruja
voando na floresta
lua prateada

um sapo indeciso
brilham libélula e borboleta
lua prateada

o uivo do lobo
trespassa a floresta
lua prateada

SP 22.JUNHO.2017

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DIANTE DE FERNANDO RIOS O ESPELHO...

Enviado por fernandorios  Seguir

DIANTE DE

fernando rios


o espelho
insensível homônimo
avesso a futuros e passados
não deixa
o tempo
trespassar

é diante da foto
sensível
eterna
epidérmica
geográfica presença
que se defronta
com o sendo sido

(ser mal ou bom estar?)

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Maracaibo Mía

Enviado por gabl  Seguir


Cae la tarde que refleja en el lago
matices naranjas y pálidos rojizos,
se abre la noche y el sol muere
por el poniente en descanso obligado,
¡es Maracaibo! que al anochecer imponente atrae
cálida brisa lacustre que salpica el rostro,
y contrasta las luces del espejo de agua
cual arco iris nocturno allende de la costa.

Maracaibo mía, que me viste nacer
a orillas del Coquivacoa hoy lejos de ti,
de los marullos que mueren en el malecón,
te añoro en la distancia y mi pecho
reclama la algarabía en San Juan de Dios
en velada del día de La Chinita.
¡Así es mi Maracaibo!
que a lo lejos es nostálgica y romántica.

gbl
27/09/2017
Derechos Reservados de Autor

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Hermana

Enviado por gabl  Seguir

Hermana.

Desde mi pequeña casa,
el útero
de nuestra madre,
donde se anida la vida
te veo hermana.
Y lloro
por tu vida,
y el camino errante
del pecado.

Vives la vida
sin sentido,
eres mi otra parte
mi sangre,
derramada en el piso.
Tu sangre
salpicada,
en tu andar perdido
del pecado.

gbl
25/09/2017
Derechos Reservados de Autor

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Tu rechazo

Enviado por urielharrisgv  Seguir

Una tarde lluviosa y desolada,
Mi corazón triste canta su tonada,
¿Qué hacer? Sólo llorar
¿Qué hacer? Mi dolor acallar

Camino sin rumbo fijo
Caminando entre calles cual laberinto
Palabras que su boca dijo
Dejaron mi corazón extinto

Ahora mis sueños te llevaste
Mis lágrimas fluyen cual arroyo
Mi amor a la basura tiraste
Mi vida cayó en un profundo hoyo

¿Algún día veré una mañana distinta?
Aquella que no se vea invadida por neblina
Neblina que mis recuerdos tristes pinta,
Aquella que a mi mente contamina.

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Tristezas

Enviado por gabl  Seguir


Ayer me sentí muy triste
como tarde fría de lluvia inesperada,
de melancolía intensa que ahoga
todo pensamiento y nubla la mente.

Que aleja la poesía y la rima
atrayendo la prosa y cadencia del verso,
solo me acuerdo de semblanzas tristes
sin sentido, pero historias al fin.

Que tiñeron de blanco las sienes
y trajeron arrugas a mi frente,
hoy de nuevo me siento triste
sin poesía, sin inspiración, sin alegría.

gbl
24/09/2017
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EL LÁPIZ

Enviado por espi  Seguir

Llorando tomé el lápiz,
Llorando te escribí,
Llorando te suplico
Que no te olvides de mí.

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